sábado

NOIVAS DE TRADIÇÕES DIFERENTES - JUDIAS

A cerimônia do casamento judaico é celebrada pelo rabino sob a chuppah, uma cobertura decorada de flores, representando o novo lar, que será regido pelas leis judaicas. Lá ficam os pais, irmãos, os rabinos (pode ser mais de um) e os noivos.
Baseado no ciclo da lua nova do calendário judaico, é costume que os casamentos se realizem apenas na primeira quinzena do mês, pois é quando a lua está na fase crescente, trazendo prenúncios de prosperidade e fertilidade. Esse período simboliza, também, a esperança de que o amor entre os noivos aumente ao longo de suas vidas juntos.
O casamento é realizado na sinagoga ou em outro local onde se constrói a chuppah. Na ausência, pode-se improvisar com quatro homens altos segurando um tallit pelas pontas. O tallit é um xale de orações e faz parte da tradição ser um presente da noiva para seu noivo no dia do casamento. O presente que ela recebe é um par de castiçais.
Antes da chegada da noiva, o noivo e mais duas testemunhas assinam a Ketubá, um contrato de casamento descrito em hebraico e português, que estipula as responsabilidades mútuas entre marido e mulher. Nas sinagogas liberais, a noiva também assina esse contrato. A ketubá torna-se propriedade pessoal da noiva, sendo-lhe entregue assim que é lido (foto em baixo).
A noiva entra com o pai, e, se não tiver sido casada antes, usa branco e um véu que é colocado sobre sua cabeça pelo noivo, antes da cerimônia. O véu é um simbolismo da confiança no noivo e um ato de discrição para não se expor aos demais homens. Todos os homens, até os não judeus, devem estar usando o hipot, entregue na entrada do casamento.
Uma vez que o casal está sob a chuppá, é costume a noiva caminhar três, quatro ou sete vezes em torno do noivo, dependendo da tradição local. Este ato tem duas explicações: uma, é a demonstração da noiva de que o marido será o centro da sua existência; a outra, mais comumente aceita, é de que o ato simboliza que o noivo agora estará rodeado pela luz e pela virtude trazida pelo casamento.
Após a noiva ter caminhado em torno do noivo, o rabino recita um fragmento do Salmo 118, que dá graças ao Senhor e à Casa de Israel, além de uma curta bênção. Após a bênção, o rabino pronuncia um breve sermão, dirigido aos noivos, e, depois, procede a bênção do primeiro dos dois copos de vinho que serão bebidos durante a cerimônia.
Começa, então, a celebração efetiva do casamento. Primeiro, o noivo “paga” à noiva um preço de aquisição, sob forma de um anel feito de algum metal precioso. Ele coloca o anel no dedo indicador da mão direita da noiva, que aceita a jóia em sinal de consentimento com a transação.
Imediatamente após esse ato, o rabino recita a promessa de casamento e o noivo a repete palavra por palavra, a fim de não haver possibilidade de erro. O enunciado real do voto é: “Eis que tu me és santificada por este anel, de acordo com as leis de Moisés. 
Após a leitura da ketubá (contrato matrimonial judaico) abençoa-se um segundo copo de vinho, do qual os dois bebem. A bênção do segundo copo é a primeira das sete bênçãos do casamento. Ela é seguida por mais seis, sendo costume repetir as sete após a festa do casamento.
Após ser abençoado por sete vezes, um copo é colocado no chão (não aquele que os noivos beberam), para que o noivo quebre-o pisando nele, para recordar a destruição do antigo Templo de Jerusalém. Neste momento, os presentes gritam Mazzeltov, que significa “Boa sorte e parabéns!”





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